Domingos no Parque






A Primavera chegou num mosaico de cores de inconfundível beleza presente nas plantas, árvores e animais. Estes pequenos diários de Domingo serão exemplo disso, exemplo da biodiversidade que aos poucos iremos dar a conhecer com mais pormenor e descobrir um mundo de pequenos e grandes seres que estando tão perto de nós temos o dever de os conhecer e preservar.











Ao chegar a Primavera, a Vanessa atalanta emigra desde o Mediterrâneo em direcção ao Centro e Norte da Europa. Alimentam-se de urtigas, plantas comuns no nosso parque mas que urge manter os seus tufos em lugares soalheiros, tão necessário para a sua sobrevivência e também de outras espécies. Nas fotos podemos observá-la a sugar os minerais da terra com a sua espiritromba (estrutura tubular, com a qual absorvem os líquidos nutritivos).



Mais uns metros à frente e encontramos esta libélula chamada Coenagrion mercuriale, dispersa em Portugal mas algo localizada sendo considerada uma espécie ameaçada com populações reduzidas e uma das poucas espécies protegidas em Portugal. É, portanto, de suma importância protege-la neste pequeno habitat junto ao pequeno curso de água onde se encontra e proteger a vegetação marginal, essencial para a sua existência e sobrevivência.



Pyrrhosoma nymphula é uma das libelinhas mais comuns em Portugal sendo uma das primeiras a aparecer nas nossas latitudes. Aparece em águas correntes, oxigenadas e com bastante vegetação e é neste habitat que se encontra aqui no parque.


 

Nesta curiosa foto vemos a fêmea a colocar os ovos em tandem, esta palavra é utilizada para descrever a posição deste tipo de acoplamento entre macho e fêmea. As fêmeas depositam os ovos em plantas aquáticas, como na imagem e durante o 1º ano as larvas vivem entre essas mesmas plantas.